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Não sei

Eu queria, por muito tempo Ter a oportunidade que tive noite a dentro Escorados nas grades frias Ignoramos os desacompanhados que estavam naquela via No meio de lapsos que posso lembrar Um cenário comum na rotina de quem passa Um cenário inesperado para mim Contei cada palavra Não vou me iludir imaginando um sorriso de paixão Mas era de uma atração movida a álcool, curiosidade ou desejo? Não deixei a oportunidade me passar em vão Pedia mais um beijo Poderia exaltar o seu cheiro Ou seus lindos cabelos cacheados Idolatrar seu corpo e dizer o quanto o queria nu Assim, vulgar seria diante do que realmente tenho lembrado Foi um sorriso que me acertou A forma que se entregou Que saiu do "não se iluda" E na imaginação se pintou Se pintou de poucas cores Com tons de novos sabores Você também sentiu Mas esse livro, já devolveu?

Esponja

Olha só toda essa confusão Vê a distorção do amor?  Hoje o tempo corre Nem lembro bem o que aconteceu Dia-a-dia enigmado O que vem amanhã? Lembro e confio nessas palavras que são escritas Que vem de um sentimento efêmero  Que viu Que ouviu Que não mentiu E com fel sorriu Mas a razão me diz que ainda sigo sozinho Orgulho e paixão alheia some Quando vejo o medo e o trajeto que se segue Suado, traido Eu não posso dizer 10 palavras que definam o que sinto Quando vejo o vazio facial Absorvo o medo de quem vejo, em silêncio Sem saber o que fazer com alma perturbada, como a minha Quer uma ilusão encantadora? Olhe para o outro lado Isso não pode sair de mim Absorvo a dor da traição Encharcado estou Porque um deus inexistente me amaldiçoou E vivo não continuou para assistir o que me fez Pois me deu um órgão seu que o matou Me deu o dom de ver sonhos morrer Me fez sentir a solidão dos carentes Me fez crer no esforço como so

Nunca foi uma vírgula

Não era questão de estar Era de ficar O papel sendo obrigado a me sentir desabafar... Não foi como chuva passageira Que vem fraca e silenciosa É de força que o sentimento se mostra De zoada rasgada Mas eu sei que logo passa Hoje eu escrevo sozinho Por deselegância da vida Escrevi um dia para você ficar Agora quero que vá Da cama, dos meus braços Da minha cabeça, do meu espelho Depois de entrar no quarto Depois de ser amada, só mais uma vez... Rogério Fernandes

Saudades com cinzas

Da minha face triste se vê a angustia Mas é ao ver teu sorriso que as lágrimas se soltam Naquelas fotos simples Era tudo tão simples Me faz lembrar dos nossos sonhos Que me fizeram feliz como um tolo Saudade senti por dias Não pude evitar te perder Que um dia me perdoe Que mais uma vez na minha cama sua voz ecoe Posso ter essa sorte, mas não quero que fique Já tomei doses suficientes Não lembro de você, não te conheço Lembro de quem eras, de quem imaginei que fosse Espero que o pôr do sol você veja O segredo que não te contei E nem contarei Agora está eternizada no passado Perfeito para mim, deitados no chão olhando a lua Guardei as palavras para mim Rogério Fernandes

Solaio

Eu queria ir dormir Sonhar que sorria para ti Deixar os devaneios tirarem sua roupa Empurra-las da cama sem notar Te vejo de longe, mas já sei o som do seu sorriso Nunca te abracei, ainda bem Não te quero um sorriso de volta Eu quero a sintonia do olho no olho Suspeito intrigado Sou eu aqui sentado Pensei "Seria eu a vítima?" Nunca se sabe quando se encontra uma dessas Essas vem para te mostrar a dor de surpresa Quente ou fria Para que romantismo? O que você procura nos meus olhos? Você já não crê em final feliz Não convence a ninguém... Mas me sinto como criança Ao olhar e sonhar, em ter você ao menos um dia

Ondas

Ei! Consegue imaginar onde estou? Ei! Minha voz não traduz o que sinto... Meus vícios são ondas Eles me impedem de ver por onde andas... Eu me vi falhar tantas vezes Jogos não me fazem mais feliz Eu vejo os sentimentos se perdendo por um triz Por capricho, por preguiça Tanta gente por ai não traduz o que sente Tantos que vem opinar sem saber Já escutei os demônios e sei Já fui o demônio e sei Hoje eles vivem em mim Hoje os tento negar Talvez repetitivo, o que tu achas? Previsível ou infantil? Vem novas ondas Elas trazem novas e velhas conchas Algumas vão se prender em terra Outras voltam para o mar Mas olha, um dia eu vou sentar lá Vou ver um novo por do sol Tentarei lembrar de como fomos um só Vou me ver falhar, pensando no teu cheiro Porque foi único Porque foi sincero Porque foi ligeiro Porque foi verdadeiro... Rogério Fernandes